terça-feira, 29 de junho de 2010

TEMPERANÇA - O ANJO DE ASAS


Hoje o dia acordou diferente, começou mais cedo, mais imprevisível, mais "assim-assado"...

A euforia despediu-se, abriu espaço para a penumbra, as pequenas chamas na cabeceira e as harpas ecoando pelo quarto. 24 horas, nada além de 24 horas... O sono velado por anjos trouxe a calmaria que há dias não atingia a superfície. Um misto certeza e "achismo" que apontam para a Temperança. Aquela moça calma que sabe dominar como ninguém as indas e vindas da vida; que aquece o frio e amorna o fervendo... Que mostra o seu lado mais imaturo, aquele que insiste em viver tudo de uma só vez. Para que comer a vida em fatias se eu posso optar pela gula e pela overdose? Adrenalina, dopamina, serotonina e mais um tsunami de "ninas". Sempre assim... Depois da tempestade a bonança. Depois das altas ondas, o parado do mar ao amanhecer. Cravo aqui minha âncora. Antes de seguir viagem, quero fotografar o entardecer. Vale mesmo a pena viver intensamente e não viver bem? Compensa navegar por todos os oceanos, mas nunca parar para observar as paisagens a sua volta?

Hoje quero a cama na varanda, a "tv de estrelas" e o vazio mental, aquele não exige de mim questionamentos futuros, metas e afins, apenas um pouco mais de olhar atento, paz e paciência... No final é um "caso com o acaso"... Pra que se preocupar?

"Considero o conhecimento de si mesmo como uma fonte de preocupações, de inquietações e de tormentos. Tenho-me frequentado o menos possível." (Anatole France - Escritor francês)

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